“Art. 63. É obrigatória a acessibilidade nos sítios da internet mantidos por empresas com sede ou representação comercial no País ou por órgãos de governo, para uso da pessoa com deficiência, garantindo-lhe acesso às informações disponíveis, conforme as melhores práticas e diretrizes de acessibilidade adotadas internacionalmente.”
Uma das revoluções que a internet e o crescimento exponencial da tecnologia trazem para a sociedade é a acessibilidade enquanto inclusão social. Pessoas portadoras de algumas deficiências físicas ou mobilidade reduzida podem hoje acessar informações e principalmente participar ativamente de comunicações em escala global.
A acessibilidade existe dentro e fora da web, fora encontramos por exemplo no planejamento de cidades inteligentes, assunto já abordado anteriormente pelo curso de extensão em Inovação em Mídias Interativas. Já a acessibilidade que esse texto trata é referente a Web e consiste em viabilizar o acesso de portadores de variadas deficiências à informações e materiais hospedados na rede utilizando dispositivos e softwares.
Sintetizadores de voz para pessoas com dificuldade de fala, leitores de ecrã para deficientes visuais, são recursos que o usuário com a deficiência tem a possibilidade de providenciar e acessar para ter acesso a algumas informações, assim como o estudo e conhecimento de atalhos nos teclados, prática conhecida por grande parte dos usuários com algum tipo de deficiência. Contudo é muito importante que quem produz e promove conteúdo via web tenha a consciência e a prática de viabilizar tais informações para o máximo possível de pessoas e isso inclui pensar acessível, ou seja, aplicar na estratégia de desenvolvimento a facilidade ao acesso de acordo com as orientações da cartilha de acessibilidade do W3C , organização de padronização da World Wide Web. Colocar legenda descritiva em imagens, subtítulos em vídeos com a narrativa descrita, seguir recomendações de cor que favorecem a compreensão de daltônicos por exemplo.
No Brasil, desde Julho de 2005 vigora a lei (LBI – Lei 13.146/15) que obriga a acessibilidade na internet, beneficiando cerca de 45 milhões de brasileiros com algum tipo de deficiência. Muito mais ainda pode ser feito pelo governo e criado por instituições, mas “pensar acessível” é o primeiro passo para levar todos os usuários da web juntos, sem perdas de informações, a web do futuro.
Referências:
http://www.w3c.br/pub/Materiais/PublicacoesW3C/cartilha-w3cbr-acessibilidade-web-fasciculo-I.html
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13146.htm